Desde dezembro de 2019 é liberada a venda de remédios produzidos com maconha no Brasil. A decisão foi dada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e permite o registro e venda de remédios que contém CBD (canabidiol) e THC (tetra-hidrocanabinol) e outras substâncias presentes na Cannabis. As empresas da área podem produzir os medicamentos e vender nas farmácias do país, só não é permitido no Brasil a plantação e cultivo da maconha, ou seja, as empresas importam a matéria prima de países que permitem esse plantio.
Essa liberação tem ajudado muitas famílias, já que diversas pesquisas e estudos já comprovaram como a maconha é eficiente para inúmeras doenças, como epilepsia, ansiedade, depressão, esclerose múltipla, esquizofrenia, mal de Parkinson, Alzheimer, dores crônicas, entre muitas outras.
Até o ano passado, no Brasil, O único medicamento registrado era o Mevatyl ®, que contém substâncias extraídas da Cannabis, mas não a planta em si. Ou seja, o Mevatyl é obtido a partir de extratos isolados da Cannabis. O remédio é um spray bucal, que leva o THC e é indicado para o tratamento de espasmos musculares decorrentes da esclerose múltipla.
Recentemente a Anvisa aprovou dois novos medicamentos produzidos à base de Cannabis. Os produtos aprovados foram soluções de uso oral à base de canabidiol nas concentrações de 17,18 mg/mL e 34,36 mg/mL, com até 0,2% de THC e, portanto, deverão ser prescritos por meio de receituário tipo B.
A expectativa é que, em breve, outros medicamentos produzidos a partir da Cannabis sejam aprovados e comercializados no Brasil.
Mas, em muitos outros países, diversos medicamentos e remédios já são liberados e vendidos nas farmácias. Confira na lista abaixo outros medicamentos que também levam substâncias da maconha em sua composição:
Marinol
Aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que controla os produtos alimentares e farmacêuticos, tem como ingrediente ativo o Dronabinol (THC sintético). É usado para amenizar a perda de apetite associada à Aids. Em pacientes com câncer, alivia as náuseas e os vômitos associados à quimioterapia. O Marinol é apresentado em cápsulas.
Cesamet
Liberado nos Estados Unidos pela FDA desde 1985, também é comercializado no Canadá, no Reino Unido e no México. O ingrediente ativo é a Nabilona, canabinóide sintético com estrutura semelhante ao THC, principal composto química de cannabis. Usado no tratamento de náuseas e vômitos em pacientes que passaram por quimioterapia e não respondem aos antieméticos convencionais. Da mesma forma que o Marinol, serve ainda para o tratamento da anorexia e da perda de peso em pacientes com Aids. Atua ainda como analgésico para dores neuropáticas e demonstra resultados no alívio da fibromialgia e da esclerose múltipla. Também é apresentado em cápsulas.
Sativex
Elaborado a partir do extrato da cannabis, contém todas as substâncias presentes originalmente na planta. Foi lançado em 2005 no Canadá e já é adotado no Reino Unido e na Espanha, onde teve a venda autorizada em 2012. Em janeiro, os laboratórios Ipsen (francês) e GW Pharmaceuticals (britânico) anunciaram um acordo para a distribuição do produto na América Latina. Apresenta, em sua composição, percentuais similares de THC e CBD. É usado para auxiliar no tratamento da esclerose múltipla e do glaucoma. Deve ser usado em gotas sublinguais ou spray bucal, o que permite uma absorção mais rápida do que os remédios em cápsulas.
Bedrocan
Desenvolvido na Holanda, a partir de deliberação do Ministério da Saúde holandês, é exportado para o Canadá. A fórmula original do Bedrocan tem 22% de THC e menos de 1% de CBD. Outras quatro variações, com percentuais diferenciados de seus princípios ativos: Bedropuur (24% de THC), Bedica (14% de THC), Bediol (6,5% de THC e 8% CBD) e Bedrolite (0,5% de THC e 9% de CBD). Aescolha do medicamento, com mais ou menos THC e CBD, depende dos sintomas apresentados pelo paciente. As versões com mais CBD são utilizadas em pacientes com convulsão. Também alivia a pressão intraocular, auxiliando no tratamento de glaucoma. Tem como base a própria planta seca, e a ingestão é feita por meio de vaporização (o remédio é colocado em um vaporizador, a partir do qual o paciente deve inalar o ar expelido).
Para continuar lendo sobre o uso medicinal da maconha, clique aqui (https://plantandobem.com.br/cannabis-para-doenca-de-crohn/) e veja sobre o tratamento da Doença de Crohn com a Cannabis.
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Fontes: