Na semana passada, foi divulgado um estudo comprovando a eficácia do canabidiol para burnout, uma síndrome ligada ao esgotamento emocional. A pesquisa foi realizada com 120 profissionais da saúde que estavam trabalhando na linha de frente da pandemia do coronavírus, em Ribeirão Preto, entre junho e novembro de 2020.
Os profissionais da saúde estão tendo um papel essencial no combate da pandemia do coronavírus, mas o medo de levar o vírus para casa, tristeza de lidar diariamente com as mortes, impotência pela falta de leitos e cansaço pela rotina nos plantões levaram essas pessoas à exaustão emocional e, consequentemente à síndrome de burnout.
A pesquisa
A pesquisa que avaliou o efeito do canabidiol nos sintomas do burnout acompanhou 120 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas do Hospital das Clínicas da FMRP, que estavam atuando no atendimento de pacientes com Covid-19 entre junho e novembro de 2020. As pessoas foram divididas em dois grupos por 28 dias, 61 pessoas receberam a dose diária de 300 miligramas de canabidiol mais o tratamento padrão com orientações, vídeos motivacionais e sugestão de exercício físico, as outras 59 pessoas receberam apenas o tratamento padrão.
Os resultados apontaram uma redução de 60% nos sintomas de ansiedade, 50% nos de depressão e 25% de burnout entre os voluntários que fizeram o tratamento padrão mais o uso do canabidiol em comparação com aqueles que só fizeram o tratamento padrão. “O resultado é importante, pois ainda não existe um tratamento farmacológico estabelecido para essas condições”, afirma o professor José Alexandre Crippa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, líder da pesquisa publicada no periódico Journal of the American Medical Association (JAMA).
O Burnout
A síndrome de burnout é mais popularmente conhecida como síndrome do esgotamento profissional. É um distúrbio psiquiátrico ligado ao estresse, ansiedade e o cansaço causados por preocupações, especialmente, no trabalho. Por esse motivo, a doença se manifesta, principalmente, em pessoas cuja profissão exige atuação intensa, como educação, saúde, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros e policiais. A doença não está ligada apenas à rotina no trabalho, mas o dia a dia pessoal também, por isso, mulheres que enfrentam dupla jornada também acabam desenvolvendo a síndrome.
Essa é mais uma boa notícia da eficiência do uso medicinal da maconha, principalmente porque o burnout, infelizmente, é uma doença comum na população. De acordo com a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com o maior número de pessoas com burnout. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com ansiedade e o quinto nos casos de pessoa com depressão. E a pandemia aumentou o número de pessoas com essas doenças, as preocupações fizeram com que as pessoas adoecessem ainda mais.
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