A história da cannabis, a popular maconha, é uma planta muito polêmica há milhares de anos, desde 27.000 A.C.
A maconha é uma planta exótica e não é natural do Brasil. Ela tem suas origens no Afeganistão e na Índia, onde foi usada nos rituais religiosos ou em forma de medicamento.
Leia este artigo até o final para conhecer a história da cannabis medicinal e ainda ter repertório para ensiná-la para seus amigos e familiares. Certo?
Quanto a história da cannabis, ela chegou ao Brasil em 1549 através dos
escravos, e por isso recebeu um nome primário de fumo-de-Angola.
Rapidamente, seu uso se disseminou entre os índios e escravos, os quais passaram a cultivá-la.
Alguns séculos depois, a maconha foi ganhando popularidade e ganhou notoriedade entre os médicos ingleses e intelectuais franceses, e assim, ela ficou conhecida como um importante medicamento para muitos tipos de doenças.
Os primeiros usos conhecidos da cannabis medicinal
Trazendo a história da cannabis medicinal, ela tem seus primeiros registros para fins medicinais a partir de 2737 A.C., o que foi atribuído ao imperador SengNeng da China, o qual indicava chá de maconha para o tratamento da gota, reumatismo, malária e até para casos de memória enfraquecida.
A popularidade da cannabis foi se espalhando para a Ásia, Oriente Médio e Costa africana. Algumas seitas na Índia usavam a planta para finalidades religiosas e combate ao estresse.
Alguns médicos dessa época prescreviam a maconha para muitas enfermidades, desde uma simples dor de ouvido, até um para combater dores de parto.
Em 1905 circulava no Brasil que a planta podia ser usada para fins medicinais e tal fato já acontecia na Europa.
Em 1961, a ONU em uma convenção determinou que as drogas no geral são ruins para a saúde e bem-estar do ser humano, e que eram necessárias providências para reprimir o uso da planta. Nessa época, o uso da maconha passou a ser fortemente reprimido.
Como a cannabis medicinal era usada antes da proibição?
A história da cannabis mostra que os povos romanos e gregos usavam o cânhamo (extraído do caule da maconha) para fazer tecidos, cordas, velas de navios etc.
inclusive as velas e cordas dos navios portugueses que chegavam ao Brasil eram feitas de cânhamo.
No final do século XIX, a maconha virou moda entre os artistas e escritores
franceses, e era usada ainda, para crises respiratórias e para curar dores.
A principal modalidade de consumo da maconha era feita pelos portugueses através de cachimbos d’água, isso, até a primeira metade do século XX.
No século XX, a maconha tinha ainda uso lícito era vista numa perspectiva positiva, mas veio a se tornar pouco aceita por representar as classes sociais baixas, uma vez que a erva tinha origem no continente africano e tinha consumo pelos povos árabes, chineses, mexicanos, uma minoria considerada socialmente discriminada.
O primeiro documento oficial que veio a proibir o uso da maconha foi em 1830 feito pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Sabe-se que a fibra do cânhamo, considerada muito resistente, é vista como um importante concorrente para a indústria do petróleo, algodão e fibras sintéticas.
Está aí alguma possível explicação para as proibições existentes quanto à
disseminação e uso da maconha em alguns países.
Como a cannabis medicinal é usada hoje?
A história da cannabis nos mostra que a maconha tem sido utilizada há milhares de anos pelo mundo para fins medicinais, mesmo sendo proibida no Brasil.
Hoje, a planta tem reconhecimento abrangente quanto aos seus fins terapêuticos.
Entre seus componentes da planta há o delta-9-THC (ou THC) e o canabidiol ou CBD.
Esses componentes têm dado origem a diversas modalidades desses
medicamentos feitos a partir do extrato da maconha.
O uso da planta ocorre por meio da vaporização da planta ou via oral (pílulas) ou absorção pela mucosa oral.
Entre as doenças que podem ser tratadas com o uso da maconha, pois ela tem sido útil no tratamento de doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas, estão a epilepsia, o mal de Parkinson, a esquizofrenia, entre outras.
Seu uso terapêutico abrange diversos tipos de tratamentos, mas alguns estudos faltam ainda para comprovar a eficácia da planta para os seres humanos.
Muitas famílias brasileiras têm conseguido na Justiça autorização para cultivo e uso da planta para seus familiares. Há muitos relatos de pessoas que têm boa recuperação da saúde após o uso da erva.
História da maconha no Brasil
A história da cannabis mostra que a partir de 1785, o uso da planta começou a ser disseminado no Brasil entre os negros e escravos, os quais passavam a cultivá-la para uso próprio.
Já na segunda metade do século XIX, esse quadro de consumo começou a ser mudado, pois começou a ser disseminada a notícia de alguns efeitos da maconha, isso após um estudo do professor Jean Moreau de uma faculdade de medicina da França.
A partir de então, foi que o uso medicinal da maconha teve maior disseminação no Brasil e já era de conhecimento da classe médica.
Foi em 1920 que a planta teve mais popularidade no Brasil. E no ano de 2001, em um estudo que fazia uma observação dos domicílios no Brasil mostrou que 6,7% da população já havia experimentado a maconha ao menos uma vez na vida (Elisaldo Carlini, 2006).
Mas a partir de 1930, foi que o uso da maconha passou a ser mais repreendido, pois foi quando passou haver intensificação da força policial. Isso porque um delegado brasileiro na II Conferência Internacional ocorrida em Genebra, tinha postura de combatente do uso da planta.
Para concluir
Este artigo trouxe a história da cannabis e diante a epidemiologia do uso da
maconha no Brasil, seus vários relatos de benefícios da planta para o tratamento de várias doenças, somados à grande repercussão que vem tendo a planta para o uso em finalidades médicas e científicas, essas questões precisam ser enfrentadas de modo franco e decisivo.
Principalmente pelos nossos parlamentares que fazem as leis no país.
Este artigo foi útil para você, então compartilhe ele nas redes sociais, pois ele pode ser útil para outras pessoas.
Texto Original: Equipe de Redação Plantando Bem